Colégio Estadual Hermógenes Coelho
Professor:
Fabio Venâncio de Oliveira
Disciplina:
Ed. Física Série: 2 A
Aulas não
presenciais
Olá queridos
jovens alunos!
Espero que
tenham gostado de estudar o conteúdo normas e regras oficiais adaptadas.
Para hoje, teremos duas atividades e para que
tenhamos sucesso é muito importante o seu compromisso e sua dedicação nos
conteúdos propostos por nos.
1ª ATIVIDADE:
Ler e interpretar este
conteúdo que por hora estou lhe propondo como material de estudo.
Técnicas básicas de danças.
Normais e regras oficiais
adaptadas.
O Esporte Adaptado
A realidade de grande parte dos portadores
de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas
oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de
movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular.
A prática de atividade física e/ou
esportiva por portadores de algum tipo de deficiência, sendo esta visual,
auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da
prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a
oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades
secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.
As atividades físicas, esportivas ou de
lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de
seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados,
dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciado benefícios tanto na
esfera física quanto psíquica.
Quanto ao físico, pode-se ressaltar ganhos
de agilidade no manejo da cadeira de rodas, de equilíbrio dinâmico ou estático,
de força muscular, de coordenação, coordenação motora, dissociação de cinturas,
de resistência física; enfim, o favorecimento de sua readaptação ou adaptação
física global (Lianza, 1985; Rosadas, 1989 e Souza, 1994). Na esfera psíquica,
podemos observar ganhos variados, como a melhora da autoestima, integração
social, redução da agressividade, dentre outros benefícios (Alencar, 1986;
Souza, 1994; Give it a go, 2001).
A escolha de uma modalidade esportiva pode
depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas aos portadores de
deficiência física, da sua condição socioeconômica, das suas limitações e
potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de
locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo e respaldo
familiar, de profissionais preparados para atendê-los, dentre outros fatores.
Diversos autores como Guttman (1976b),
Seaman (1982), Lianza (1985), Sherrill (1986), Rosadas (1989), Souza (1994),
Schutz (1994) e Give it a go (2001), e ressaltam que os objetivos estabelecidos
para as atividades físicas ou esportivas para portadores deficiência, seja esta
física mental, auditiva ou individual devem considerar e respeitar as
limitações e potencialidades individuais do aluno, adequando as atividades
propostas a estes fatores, bem como englobar objetivos, dentre outros:
·
Melhoria e desenvolvimento de autoestima, autovalorização e autoimagem;
·
o estímulo à independência e autonomia;
·
a socialização com outros grupos;
·
A experiência com suas possibilidades, potencialidades e
limitações;
·
A vivência de situações de sucesso e superação de situações de
frustração;
·
A melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatório,
respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
·
Melhoria na força e resistência muscular global;
·
Ganho de velocidade;
·
Aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;
·
Melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
·
A possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer,
reabilitação e competição;
·
Prevenção de deficiências secundárias;
·
Promover e encorajar o movimento;
·
Motivação para atividades futuras;
·
Manutenção e promoção da saúde e condição física
·
Desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor
realização das atividades de vida diária
·
Desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.
Os jogos organizados sobre cadeira de
rodas forma conhecidos após a Segunda Guerra Mundial, onde esta tragédia na
história da humanidade fez com que muitos dos soldados que combateram nas
frentes de batalha voltassem aos seus países com seqüelas permanentes. Porem
este evento, terrível, proporcional ao portador de deficiência, melhores
condições de vida, pois os deficientes pós-guerra eram heróis e tinham o
respeito da população por isto, bem como uma preocupação governamental
(Guttman, 1981, Adms e col., 1985; Alencar, 1986 Cidade e Freitas, 1999).
O pós-guerra, de acordo com Assumpção
(2002), criou uma situação emergencial, onde a construção de centros de
reabilitação e treinamento vocacional, em todo o mundo foi extremamente
necessária. Os programas de reabilitação destes diferentes centros perceberam
que os esportes eram um importante auxiliar na reabilitação dos veteranos de
guerra que adquiriram algum tipo de deficiência.
As atividades desportivas foram
introduzidas em programas de reabilitação pelo Dr. Ludwig Guttmann no Centro de
Reabilitação de Stoke Mandeville no ano de 1944, como parte essencial no
tratamento médico de lesados medulares, auxiliando na restauração e manutenção
da atividade mental e na autoconfiança (Guttmann, 1981).
Concordando com o Dr. Guttmann, Sarrias
(1976), ressalta que o esporte pode ser um agente fisioterapêutico atuando
eficazmente na reabilitação social e psicologia do portador de deficiência, não
devendo ser considerada apenas como uma atividade recreativa.
Os jogos paraolímpicos aconteceram
oficialmente em 1960 em Roma, sendo instituída pela Organização Internacional
de Esportes a realização dos Jogos Paraolímpicos após a realização das
Olimpíadas (Alencar, 1986).
Souza (1994), enfatiza que o esporte
adaptado deve ser considerado como uma alternativa lúdica e mais prazerosa,
sendo este parte do processo de reabilitação das pessoas portadoras de
deficiências físicas.
A ACMS (1997), relata que um programa de
atividades físicas para os portadores de deficiência física devem observar a
princípio se a adaptação dos esportes ou atividades mantendo os mesmos
objetivos e vantagens da atividade e dos esportes convencionais, ou seja,
aumentar a resistência cardiorrespiratória, a força, a resistência muscular, a
flexibilidade, etc. Posteriormente, observar se esta atividade possui um
caráter terapêutico, auxiliando efetivamente no processo de reabilitação destas
pessoas.
Um outro ponto a considerar na elaboração
de atividades para os portadores de necessidades educativas especiais, em
destaque aqui o portador de deficiência física, é a necessidade de adaptação
dos materiais e equipamento, bem como a adaptação do local onde esta atividade
será realizada.
A redefinição dos objetivos do jogo, do
esporte ou da atividade se faz necessário, para melhor adequar estes objetivos
às necessidades do processo de reabilitação. Assim como reduzir ou aumentar o
tempo de duração das atividades, mas sempre com a preocupação de manter os
objetivos iniciais atingíveis.
A realização de atividades físicas,
esportivas e de lazer com deficientes, tem que respeitar todas as normas de
segurança, evitando novos acidentes, deve-se estar atento a todos os tipos de
movimentos a serem realizados, auxiliar o deficiente sempre que necessário, e
estimular sempre o desenvolvimento da sua potencialidade.
Modalidades Esportivas
As modalidades esportivas para os
portadores de deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e
atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas
são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação,
futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de
mesa, tiro e voleibol (ABRADECAR, 2002). Apresentaremos algumas das modalidades
esportivas, as mais conhecidas, que podem ser praticadas pelos deficientes
físicos, sendo:
Arco e flecha: Esta modalidade esportiva pode ser praticada por atletas andantes
como amputados ou por atletas usuários de cadeiras de rodas como os lesados
medulares. Todas as deficiências físicas podem participar desta modalidade
esportivas, respeitando estas duas categorias, em pé e sentado. A participação
em competições e o sistema de resultados são semelhantes à modalidade
convencional olímpica.
Atletismo: As provas de atletismo podem ser disputadas por atletas com
qualquer tipo de deficiência em categorias masculina e feminina, pois os
atletas são divididos por classes de acordo com o seu grau de deficiência, que
competem entre si nas provas de pistas, campo, pentatlo e maratona. Esta é uma
modalidade esportiva que sofre frequentes modificações, visando possibilitar
melhores condições técnicas para o desenvolvimento desta modalidade.
Basquetebol sobre rodas: é jogado por lesados medulares, amputados, e
atletas com poliomielite de ambos os sexos. As regras utilizadas são similares
à do basquetebol convencional, sofrendo apenas algumas pequenas adaptações.
Bocha: Esta modalidade esportiva foi adaptada para paralisados cerebrais
severos. O objetivo do consiste em lançar as bolas o mais perto possível da
bola branca.
Ciclismo: Neste esporte participam atletas paralisados cerebrais, cegos com
guias e amputados nas categorias masculina e feminina, individual ou por
equipe. Pequenas alterações foram realizadas nas regras do ciclismo
convencional, melhorando a segurança e a classificação dos atletas de acordo com
sua deficiência, possibilitando adaptações nas bicicletas. Os atletas
participam de provas de estrada, velódromo e contrarrelógios.
Equitação: Os deficientes físicos participam deste esporte apenas na
categoria de habilidades. Para isto é necessário analisar os possíveis
deficientes que podem participar.
Esgrima: Este esporte é praticado por atletas usuários de cadeira de rodas
como os lesados medulares, amputados e paralisados cerebrais em categorias
masculina ou feminina. Estes atletas participam das modalidades de espada,
sabre e florete, sendo provas individuais ou por equipes. Para participação em
eventos competitivos todos os atletas são presos ao solo, possuindo os
movimentos livres para tocar o corpo do adversário.
Futebol: Nesta modalidade esportiva, sendo que o atleta portador de
paralisia cerebral compete na modalidade de campo e o atleta amputado compete
na modalidade de quadra. Alterações nas regras como o número de jogadores,
largura do gol e da marca do pênalti estão presente.
Halterofilismo: Esta modalidade esportiva é aberta a todos os atletas portadores
de deficiência física do sexo masculino e feminino. A divisão de acordo com o
peso corporal em 10 categorias.
Iatismo: Todos os atletas deficientes podem participar, as modificações são
realizadas apenas no equipamento e na tripulação, não havendo alterações nas
regras da competição.
Lawn Bowls: é um esporte similar a Bocha, sendo este aberto à participação de todos
os portadores de deficientes físicas.
Natação: As regras são as mesmas da natação convencional com adaptações
quanto as largadas, viradas e chegadas. As provas são variados e os estilos
abrangem os estilos oficiais. As competições são realizadas entre atletas da
mesma classe. Podem participar desta modalidade esportiva portadores de
qualquer deficiência, sendo agrupados os portadores de deficiência visual e os
demais.
Racquetball: Este esporte pode ser praticado por atletas paralisados cerebral,
é possui características similares ao tênis de mesa.
Rugby em cadeira de rodas: Esta modalidade foi adaptada para lesados
medulares com lesões altas - tetraplégicos - que realizam um jogo com bola de
voleibol com objetivo de marcar pontos ao fazer com que a bola ultrapasse uma
determinada linha no fundo da quadra.
Tênis de campo: Esporte realizado em cadeiras de rodas, independentemente do tipo
de deficiência física que o atleta possua nas categorias masculina e feminina.
As regras sofrem apenas uma adaptação em relação ao tênis de campo
convencional, sendo esta que a bola pode quicar duas vezes, a primeiro pingo
deverá ser dentro da quadra. As categorias são: masculino e feminino,
individual e em duplas.
Tênis de mesa: Deficientes físicos como o lesado cerebral, lesado medular,
amputados ou portador de qualquer tipo de deficiência física pode-se participar
desta modalidade esportiva, onde as provas são realizadas em pé ou sentado. As
provas podem ser realizadas em duplas e individuais, sendo a classificação de
acordo com o nível de deficiência. As regras sofrem poucas modificações, em relação
ao tênis de mesa convencional.
Tiro ao alvo: Esporte aberto a atletas com qualquer tipo de deficiência física
do sexo masculino ou feminino, nas categorias sentado e em pé. As equipes podem
possuir atletas de ambos os sexos e diferentes tipos de deficiência física. As
provas podem ser realizadas utilizando pistola ou carabina.
Voleibol: Poderá ser praticado por atletas Lesados medulares que
participaram da modalidade de voleibol sentado e os amputados, que participarão
desta modalidade em pé.
Comentário final
A participação de portadores de
deficiência física em eventos competitivos no Brasil e no mundo vem sendo
ampliada. Por serem um elemento ímpar no processo de reabilitação, as
atividades físicas e esportivas, competitivas ou não devem ser orientadas e
estimuladas, visando assim possibilitar ao portador de deficiência física,
mesmo durante seu programa de reabilitação alcanças os benefícios que estas
atividades podem oferecer, visando uma melhor qualidade de vida.
2ª ATIVIDADE: Normas e regras oficiais adaptadas.
1) De acordo com texto quais são as
normas por você estudadas, conclua quais são realmente a importância de se
entender com maior clareza as novas regras.
2) O que e normas e regras oficiais adaptadas? De
exemplo por favor.
TÍTULO DA ATIVIDADE: “Normas e regras oficiais
adaptadas.”
DATA: 31/03/2020
RECURSO: livro didático de artes para os alunos que tiver este
livro, ou mesmo pelo conteúdo por mim informado nos conteúdos acima, e demais
possibilidades possível por você alcançada.
Bons estudos.
"Vencer não é nada se não se teve
muito trabalho, fracassar não é nada se não se fez o melhor possível."