segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

PORTUGUÊS 3º A

 

BOM DIA MENINOS. SEJAM BEM VINDOS A MAIS UM CICLO IMPORTANTE DA VIDA DE VOCÊS. SEI QUE ESPERAVAM RETORNAR À SALA DE AULA, POR SE TRATAR DE SEREM ALUNOS DE 3º ANO, MAS AINDA NÃO SERÁ POSSÍVEL . ESPERAMOS E CONFIAMOS QUE EM BREVE ESTAREMOS JUNTOS.



 Vanguardas Europeias


As Vanguardas Europeias representam um conjunto de movimentos artístico-culturais que ocorreram em diversos locais da Europa a partir do início do século XX.

As vanguardas artísticas europeias que se destacaram foram: Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo, Surrealismo.

Juntos, esses movimentos influenciaram a arte moderna mundial desde pintura, escultura, arquitetura, literatura, cinema, teatro música, etc.

As vanguardas artísticas ultrapassaram o limite até então encontrado nas artes, propondo assim, novas formas de atuação estética ao questionar os padrões impostos.

No Brasil, elas influenciaram diretamente o movimento modernista, que teve início com a Semana de Arte Moderna de 1922.

A palavra vanguarda, do francês “avant-garde” significa a “guarda avançada”, o que pressupõe, nesse contexto, um movimento pioneiro das artes.

Contexto Histórico das Vanguardas Europeias

Com o advento da Revolução Industrial no século XIX e da Primeira Guerra Mundial no início do século XX, a sociedade passava por diversas transformações.

Destacam-se os avanços tecnológicos, progressos industriais, descobertas científicas, dentre outros.

Nesse sentido, a arte demostrou a necessidade de propor novas formas estéticas e de fruição artística, pautadas na realidade vigente.

Dessa forma, os movimentos artísticos europeus surgidos no fervor dos ideais da época foram diretamente contra os ideais da guerra.

Os artistas utilizavam da ironia e da capacidade de “chocar” o público, a fim de despertar outras maneiras de apreciar e refletir sobre a vida.

Por outro lado, um deles exaltou os avanços tecnológicos e o progresso, no caso o futurismo italiano.


CETÁCIO- PEDRO KILKERRY 


Fuma. É cobre o zenite. E, chagosos do flanco,
Fuga e pó, são corcéis de anca na atropelada.
E tesos no horizonte, a muda cavalgada.
Coalha bebendo o azul um largo vôo branco.

Quando e quando esbagoa ao longe uma enfiada
De barcos em betume indo as proas de arranco.
Perto uma janga embala um marujo no banco
Brunindo ao sol brunida a pele atijolada.

Tine em cobre o zenite e o vento arqueja e o oceano
Longo enfroca-se a vez e vez e arrufa,
Como se a asa que o roce ao côncavo de um pano.

E na verde ironia ondulosa de espelho
Úmida raiva iriando a pedraria. Bufa
O cetáceo a escorrer d'água ou do sol vermelho.


Destacaremos aqui a questão do trato com a luminosidade no poema e a forma como a percepção desta modifica a escrita do poema por meio do uso de metáforas e metonímias como recurso lingüístico para exploração destas percepções: Os primeiros dois versos são compostos por dois períodos. Um, simples, de uma só palavra (“Fuma”) e outro compreendendo as demais. Ao colocar “Fuma” logo no início do poema, já temos aí uma referência impressionista.

“A única maneira de se dar a impressão da realidade é chegarmos a representar a atmosfera; isto que está entre você e eu, ou seja , como se entre eu e o fumante fosse possível pegar a fumaça. isso e real.

Características do estilo impressionista

. Valorização da cor, dos efeitos tonais, para reproduzir a “percepção visual do instante”. Portanto, frequência da sinestesia. Pontilhismo ou período em leque: acúmulo de detalhes, sem realce para nenhum deles.

"como fenômeno literário, dá-se no seio do Realismo-Naturalismo, de que ele é um produto. Em verdade, o Impressionismo é uma forma do Realismo, resultante de sua transformação por efeito das variações estéticas e culturais do fim do século e da reação idealista. É o produto da fusão de elementos simbolistas e realístico-naturalistas. A reprodução da realidade, de maneira impessoal, objetiva, exata, minuciosa, constituía a norma realista; para o impressionista, a realidade ainda persiste como foco de interesse, mas, ao contrário, o que pretende é registrar a impressão que a realidade provoca no espírito do artista, no momento mesmo em que se dá a impressão. O mais importante no Impressionismo é o instantâneo e único, tal como aparece ao olho do observador. Não é o objeto, mas as sensações e emoções que ele desperta, num dado instante, no espírito do observador, que é por ele reproduzido caprichosa e vagamente. Não se trata de apresentar o objeto tal como visto, mas como é visto e sentido num dado momento