quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

ARTES - 9º ANO A - -PROFª: LAURA BEATRIZ

 Olá meninos, sou a professora Laura e estaremos trabalhando a disciplina de Artes. Espero que estejam todos bem. E para começarmos, é para vocês copiarem em seu caderno o texto abaixo com a data correta, pois vamos usá-lo nas próximas aulas, ok?

                                        A ARTE E SUA ANCESTRALIDADE

A Arte e a Ancestralidade A arte está conectada com a memória e com a cultura de cada povo. Ela é capaz de estabelecer comunicação entre aqueles que viveram no passado e os que vivem no presente, garantindo aos diferentes grupos sociais a preservação de seus saberes. 

Neste ano, a ancestralidade é o tema que vai conduzir nossos estudos na disciplina Arte. Vamos refletir sobre a história, as diferentes formas de compreender o mundo e de pensar a sociedade, as festas, o patrimônio , os ritos e as encenações e experimentar diversos processos criativos. A ancestralidade é o ponto de partida para o trabalho de muitos artistas, uma vez que sempre é possível aprender com o passado e, com base nele, construir o presente e recriar o futuro. Roda de capoeira . Cais do Valongo. RJ .

Esse processo se deu, por exemplo, com a atual roda de capoeira no cais do Valongo, zona portuária do Rio de Janeiro, mesmo lugar onde milhões de africanos escravizados desembarcaram no Brasil, entre 1774 e 1831. Atualmente, os mesmos produtos, incluindo os culturais, são oferecidos em vários países. A globalização da economia levou à internacionalização dos padrões de consumo. Hoje é possível encontrar equipamentos eletrônicos, peças de vestuário, filmes, programas de televisão , música e alimentos iguais em diferentes regiões do planeta. Esse processo pode se transformar em uma ameaça às diversas identidades culturais. Por isso, alguns grupos sociais têm procurado retomar, em suas origens, aquilo que os distingue. O contato com as origens culturais conecta-se à ideia de ancestralidade e promove a valorização da diversidade cultural. Por isso, estudar e reconhecer a relevância dos saberes locais e ancestrais tem sido uma estratégia recorrente na arte contemporânea. 

A ancestralidade é também um assunto transdisciplinar, pois o estudo das culturas envolve os saberes de diversas áreas do conhecimento. O que você vai estudar neste ano se relaciona com assuntos estudados em outras disciplinas. 

Passado remoto

 Os grupos humanos que habitaram as cavernas do Parque Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, produziram pinturas rupestres. Elas podem ser compreendidas como uma linguagem e estão permeadas de significados, embora não possamos decifrá-los completamente. A arqueologia estuda esses vestígios, que podem ser uma ponte entre os povos que viveram no passado remoto e nossa sociedade.

 Pintura rupestre de mais de 10 mil anos. Parque Nacional Cavernas do Peraçu (MG) 

Por todo o Brasil existem sítios arqueológicos que remetem a esse passado distante. Aqui em Sergipe existe o Max, Museu de Arqueologia de Xingó que é responsável por guardar a pré história sergipana. Você já foi ao Max? Vamos conhecer um pouco mais.

 ARTE PRÉ-HISTÓRICA EM SERGIPE

 Com a construção da barragem da Usina Hidroelétrica de Xingó no Rio São Francisco, deuse origem a um cânion, formado por um vale profundo, com 65 quilômetros de extensão, 170 metros de profundidade e largura que varia de 50 a 300 metros. O visual é muito bonito, com rochas de granito avermelhado e cinza na encosta, além das diferentes espécies de aves e répteis na caatinga, vegetação do local. 

Também se pode contar com os passeios dos catamarãs Cotinguiba e Delmiro Gouveia e da Escuna Maria Bonita que oferecem variadas opções de passeios náuticos no lago de Xingó, que possui as mais belas paisagens do Cânion do Rio São Francisco, sendo o quinto maior do mundo e o maior em extensão navegável , possui águas verdes e transparentes. As rochas das encostas são de granito avermelhado e cinza. Destaca-se nessa área o riacho do Paraíso do Talhado