quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Português 2 ano B

 Poema

Vaso grego  ( Alberto de Oliveira )

Esta de  áureos relevos, trabalhada,

De Divas mãos,  brilhante copo, um dia,

Já de aos deuses servir como cansada,

Vinda do Olimpo, a um novo deus servia


Era eu poeta de Teos que suspendia

Então,  e, ora repleta ora esvasada,

A taça amiga aos dedos seus tinia,

Toda de roxas pétalas colmada.

 

Depois...mas, o lavor da taça admira,

Toca-a, e do ouvido aproximando-a, ás                       bordas

Finas hás de lhe ouvir, canora doce.


Ignota voz, igual se antiga lira

Fosse a encantada música das cordas,

Qual se essa voz de Anacreante fosse.