Poema
Vaso grego ( Alberto de Oliveira )
Esta de áureos relevos, trabalhada,
De Divas mãos, brilhante copo, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia
Era eu poeta de Teos que suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois...mas, o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, ás bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora doce.
Ignota voz, igual se antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreante fosse.