segunda-feira, 4 de maio de 2020

Aula de Português 9º ano A


Bom dia pessoal. Passaram bem de feriado? Espero que sim.
Com base na síntese que lhes foi passada na última postagem, se estiver ficado com dúvida ou não entendido, entrem em contato comigo que eu explico novamente pra você.
Contudo, LEIAM o texto a seguir, COPIE E RESPONDA as perguntas acompanhas do texto.



Leia o texto a seguir e responda às questões.


Direitos e favores

   RIO DE JANEIRO – A revelação de que os bancos deixaram de pagar R$ 200 milhões em impostos, graças a uma operação em Luxemburgo, prova outra que o buraco tributário brasileiro é mais em cima. Sem cortar na carne (ou seja, nos bolsos), dos mais ricos, pouco cairá a desigualdade social.         Também prova como carece de bom senso a rejeição de parte da classe média, dos abastados e de alas da imprensa ao Bolsa Família. O programa, que atende pessoas com renda mensal entre R$ 77 e R$ 154, custa hoje R$ 25, 3 bilhões, ou 0,5% do PIB. A sonegação fiscal em 2013 foi de R$ 415 bilhões, quase 20 vezes mais. E se estima em R$ 500 bilhões a deste ano. Com o Bolsa família, circula dinheiro onde não havia, o que alimento o comércio e cria empregos. 
   Norte e Nordeste ganham proporcionalmente, mas São Paulo é o segundo Estado em números absolutos: 1.270.203 famílias contempladas.
   Deixaram o programa por conta própria, 1,7 milhões de famílias. Já filhas de magistrados e militares não costumam abrir mão das suas pensões. A taxa de fecundidade cai em todo o país, mais ainda no Nordeste. Não se sustenta a ideia de mulheres têm mais filhos por causa do benefício.
   No Brasil, privilégios são vistos como direitos, e direitos são vistos como favores. Não se rompe essa lógica perversa da noite para o dia, mas é tarefa prioritária para quem diz querer unir o país.
   A corrupção não vem só da má índole de pessoas e partidos, mas de uma sistemática desqualificação do que é público. Se a sociedade não admite que todos tenham direito sequer a coisas básicas (comida, luz, moradia, saúde), sempre haverá espertalhões dessa sociedade – pois não alienígenas – que transformarão em seu aquilo que deveria ser nosso.
   O Bolsa Família pertence ao país. A corrupção também.


 Luiz Fernando Vianna, carioca, nascido em 1970, é jornalista, com passagens por O Globo, Folha de S.Paulo e outros veículos. Coordena a Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles. É autor de Meu menino vadio e de cinco livros sobre música popular, entre eles Aldir Blanc: resposta ao tempo.




ATIVIDADE 

1- O texto lido trata de que assunto?

2- No contexto do artigo, qual é o significado do trecho “sem cortar na carne (ou seja, nos bolsos) dos mais ricos, pouco cairá a desigualdade social. ”?

3- Que ponto de vista o autor defende?

4- Você concorda com o ponto de vista do autor? Justifique sua resposta.