terça-feira, 31 de março de 2020

Artes visuais 7 A, professor Fabio Venancio.


Colégio Estadual Hermógenes Coelho
Professor: Fabio Venâncio de Oliveira
Disciplina: Artes visuais                                     Série: 7 A
Aulas não presenciais
Olá queridos jovens alunos!
Espero que tenham gostado de estudar o conteúdo materialidade e imaterialidade nas artes visuais.
Para hoje, teremos duas atividades e para que tenhamos sucesso é muito importante o seu compromisso e sua dedicação nos conteúdos propostos por nos.

1ª ATIVIDADE:
Ler e interpretar este conteúdo que por hora estou lhe propondo como material de estudo.

 

Materialidade e imaterialidade na arte do nosso tempo.
               A criação de esculturas e instalações que justapõem um encadeamento de sons e ritmos, recorrendo a uma mistura de materiais ordinários e sofisticados, constitui o processo de trabalho criativo do capixaba, radicado no Rio de Janeiro, Paulo Bivaque. O artista, músico de formação erudita, passou a desenvolver pesquisas experimentais no início desta década procurando desenvolver uma espécie de música provisória, criando estruturas sonoras a partir de sons extraídos da natureza, de objetos banais ou de materiais de diferentes naipes e especificidades. Percebendo que na área musical esse gênero de investigação sonora institui-se de maneira praticamente marginal ou subterrânea, por não ter grande aceitação no meio, a não ser por pequeno número de interessados, passou a desenvolver um outro processo de comunicação sonoro/visual e de engajamento do espectador. Elabora, a partir de então, esculturas e ambientes sonoros, que hibridizam artes plásticas, som, luz, ritmo, e são tanto emissores quanto acolhedores das partituras e narrativas imaginadas pelo artista. Formatados com uma parafernália de materiais industriais: placas de vidro ou de acrílico, fios elétricos, microfones, alto-falantes, televisores, gravadores, o intuito do jovem em alguns de seus trabalhos é criar uma estrutura sonora, apreendendo, transformando e modelando o ar que penetra nos objetos. A maneira como o ar se instala nos alto falantes estabelece uma geografia secreta e a emissão de sons de diferentes timbres, alturas e intensidades. Propõe também maneiras inusitadas de amplificar e tornar audíveis essas estruturas ou narrativas sonoras, criadas e pensadas de maneira diferenciada a cada nova instalação. As infindáveis redes de fios serpeando no espaço evocam, por si só, desenhos e frases. Com os alto-falantes e microfones cria partituras, escrituras musicais e ideogramas rítmicos. As fontes sonoras por ele utilizadas podem estar inteiramente expostas, enterradas na areia, ou posicionadas em diferentes locais no interior de uma câmara escura. A alternância abrupta ou inusitada do timbre sonoro e da estrutura rítmica no espaço tem o propósito de desarranjar a previsibilidade da narrativa e interagir com o espectador. O artista cria ambientes imaginários, que remetem tanto a locais específicos da natureza, como a situações não determinadas: desertos, lagos, florestas, recorrendo tanto a equipamentos de última geração como a materiais naturais ou industrializados (areia, pedras, grama, plantas, vidro, canos de pvc). O público é instigado a interagir com esse universo visual e sonoro, não convocando apenas a audição e a visão, mas estabelecendo uma relação vivencial e sinestésica com esse espaço: tocando, caminhando, percebendo, estabelecendo conexões entre as estruturas e substratos sonoros e os efeitos visuais, que se imbricam uns nos outros, para ressurgir de maneira abrupta ou docemente de diferentes fontes, contornos, meandros e labirintos desse lugar inaugural. É nesse trânsito/vivência espectador/obra que ambos se transformam, modificam seu comportamento perceptivo e se resinificam. Ao instigar o interlocutor a penetrar nesse espaço de descoberta, assimilação e percepção sensível de uma verdadeira rede de relações multissensoriais. Os estímulos visuais e sonoros criados pelo artista ativam a imaginação, a percepção, a curiosidade, mas também ativam o pensamento e abrem novas perspectivas para a descoberta e para encurtar a distância da relação arte/vida. Para o artista a conexão entre o objeto e som que dele emana é tanto musical quanto linguístico, razão porque investe cada vez mais em maneiras inusitadas de apresentá-los, propondo ao interlocutor que interaja com eles e redimensione seus níveis de percepção e de significação. Através de sua atitude criativa e de suas escrituras sonoras Paulo Bivaque parece reafirmar a máxima de Hélio Oiticica: “Tudo o que faço é música”.


2ª ATIVIDADE: Materialidade e imaterialidade nas artes.
1)      Desacordo com seu conteúdo proposto construa com suas palavras quais são os principais benefícios que as artes da materialidade e  da imaterialidade trás no contexto geral das artes visuais.
2)       O que e materialidade e imaterialidade?De pelomos um exemplo tirado deste texto.
TÍTULO DA ATIVIDADE: “Materialidade e imaterialidade das artes visuais.”
DATA: 31/03/2020
RECURSO: livro didático de artes para os alunos que tiver este livro, ou mesmo pelo conteúdo por mim informado nos conteúdos acima.
Bons estudos.

"Vencer não é nada se não se teve muito trabalho, fracassar não é nada se não se fez o melhor possível."

Nadia Boulanger